O Ásia – Europa reforçou a posição como maior trade line no shipping de contentores, concentrando agora 24,4% da capacidade mundial, calcula a Alphaliner.
A “culpa” é da crise no Mar Vermelho, que persiste, e que leva os operadores de transporte marítimo de contentores a fazerem divergir os navios pela Rota do Cabo, com isso precisando de maior capacidade para manter a oferta.
Só no último ano, calcula a Alphaliner, a oferta de capacidade no Ásia – Europa cresceu 11,7%, ou cerca de 817 mil TEU, para um total de 7,8 milhões de TEU.
Desde Maio de 2023, o aumento de capacidade naquela linha atingiu os 40,8%, equivalentes a mais 2,26 milhões de TEU. E com isso, o Ásia – Europa passou a concentrar 24,4% da capacidade global, quando há dois anos ocupava apenas 20,8%.
A dúvida que persiste é saber o que acontecerá quando a crise no Mar Vermelho se resolver e os navios retomarem a navegação pelo Canal do Suez, com isso libertando capacidade para um mercado em estagnação…
Nos últimos 12 meses, ainda de acordo com a Alphaliner, a capacidade global da frota de porta-contentores cresceu 8,9%, ou 2,62 milhões de TEU para 32,1 milhões de TEU.
Para além do Ásia – Europa, que absorveu 31% da nova capacidade, destacou-se, em termos relativos, o aumento da oferta nos tráfegos com a América Latina: foram mais 606,5 mil TEU só nos últimos 12 meses (mais 15,6%), para um total de cerca 4,5 milhões de TEU, ou 14% da frota mundial (em termos de capacidade).
