O mercado mundial da carga aérea deu um salto de 5,8% em Julho, mas a IATA avisa para o crescimento a duas velocidades, com a Europa a revelar-se o elo mais fraco.
Em Julho, o negócio da carga aérea, medido em toneladas-km voadas, teve o seu melhor desempenho do ano, com um avanço homólogo de 5,8%, muito acima dos 2,4% registados ainda em Junho.
Os volumes transportados superaram mesmo o pico de Julho de 2010, sublinhando a aceleração da tendência de crescimento, em linha com a retoma da confiança e da actividade económica, sublinha a IATA.
A Ásia-Pacífico, tradicionalmente o motor da indústria, deu o mote para o crescimento, com um avanço homólogo de 7,1%. As companhias do Médio Oriente avançaram 9,4% (fruto da continuada expansão dos networks) e as da América Latina cresceram 7,6%. A outra dimensão, África avançou 11,3% e, de novo noutra escala, a América do Norte subiu 5,2%.
A impedir maiores ganhos, a Europa apenas progrediu 1,8%. E, como se isso não bastasse, foi aqui que se verificou a única quebra na taxa de utilização da capacidade.
A IATA sublinha o facto e mantém o discurso cauteloso, apontando as fragilidades que subsistem num sector que cresce a duas velocidades.
No balanço dos primeiros sete meses do ano, o mercado mundial da carga aérea cresce 4,4% em termos homólogos, destacando-se os 9,4% do Médio Oriente e os 5% da Ásia-Pacífico. A Europa ainda cresce 3%, fazendo melhor que a América do Norte (2,3%) e a América Latina (1%). África avança 3,9%.
No que toca ao “load factor”, mantém-se nos 45,2%. E aí é a Ásia-Pacífica a liderar, com 54,7%, seguida da Europa, com 47%. No Médio Oriente a taxa de ocupação da capacidade fica-se pelos 41,6% e na América do Norte é de apenas 34,8%.