A Navex, através da marca Atlantys, já assistiu cerca de 80 superiates este ano, o dobro do realizado em todo o ano de 2020.
A marca/empresa, que se assume como uma ‘influencer’, está a explorar o agenciamento de superiates nas rotas de ligação às Caraíbas e Mediterrâneo, em Portugal, Açores e Madeira e Cabo Verde.
“Evidenciamos aquilo que existe de único, de especial, em cada um dos pontos em que estamos presentes. É de facto algo que tem agradado muito aos nossos clientes e que faz com que a nossa actividade, desde o início, tenha vindo sempre a crescer. Nem mesmo durante os momentos de pandemia sentimos um retroceder nos números e no volume de superiates que temos recebido nos nossos portos”, explicou a directora-geral da Atlantys, à margem da Feira Internacional de Cabo Verde, que hoje se iniciou na Praia.
De acordo com Andreia Santos, trata-se de uma actividade que vem complementar a actividade do agenciamento tradicional dos navios, e que está focada em oferecer uma “experiência única e memorável” ajustada aos requisitos específicos exigidos pelos seus clientes, em cada um dos destinos onde os recebe. Algo que é concretizável, disse, face às infra-estruturas, know-how de mercado e equipas locais, que acompanham de forma personalizada todas estas escalas.
Em 2019, ano do arranque, a Atlantys assegurou 25 escalas de superiates (embarcações acima de 24 metros), número que subiu para 40 em 2020 e que já vai em cerca de 80 este ano. Um “contexto entusiasta”, na medida em que a época alta deste nicho de mercado, sobretudo em Cabo Verde, só arranca em Outubro.
Em Cabo Verde, a Atlantys já garantiu este ano cinco escalas destes superiates, essencialmente no Porto Grande, Mindelo, ilha de São Vicente, mas espera que este número se mantenha crescente até ao final do ano e a cobrir outras ilhas, a nível nacional.
“Cabo Verde é estratégico e é um mercado crescente”, garantiu Andreia Santos, explicando que os superiates que fazem escalas naquele arquipélago estão nas tradicionais rotas entre a Europa e as Caraíbas, como os que utilizam os portos portugueses, mas também nas rotas do sul de África.
Para a responsável da Atlantys, este nicho dos superiates num país voltado para o turismo, como é o caso de Cabo Verde, é algo “a explorar”, até pelo facto de o arquipélago estar a apresentar-se internacionalmente como “um destino seguro”, mesmo durante a pandemia de Covid-19.
“Não só o Mindelo é uma opção para efeitos de serviços especiais de agenciamento e de logística, como todas as outras ilhas poderão ser potenciadas. Falamos de Santo Antão, falamos de ilhas de menor dimensão, é isso que também procuramos fazer. Somos mais do que um agente de navegação, somos um ‘influencer’ para este tipo de público, porque acabam por nos pedir sugestões sobre o que visitar, o que fazer, que portos escalar”, explicou ainda Andreia Santos.