Em Agosto, cerca de 12,5% da frota mundial de porta-contentores, em termos de capacidade, estava fora de serviço por causa dos atrasos e congestionamentos nos portos.
Os números são da Sea-Intelligence, que prevê que a normalização do mercado deverá fazer-se esperar, pelo menos, até ao final de 2022.
Tentando colocar a situação numa perspectiva facilmente entendível, a consultora sublinha que o impacto dos congestionamentos e atrasos na capacidade disponível no mercado equivale a retirar de circulação toda a frota de porta-contentores da CMA CGM, ou da COSCO, números três e quatro do mundo, com uma capacidade de transporte de cerca de três milhões de TEU.
Mais, os 12,5% da frota mundial que actualmente estão, de facto, fora do mercado porque presos nos engarrafamentos, comparam com os 3,5% retirados do mercado há cinco anos, em 2016, aquando da falência da Hanjin, reforça a Sea-Intelligence.
Só no trans-Pacífico, onde se tem verificado um forte aumento da capacidade, também à conta do congestionamento dos portos, a oferta real terá caído 20%, em termos homólogos, ou 10% relativamente à média dos últimos dois anos, ainda de acordo com a Sea-Intelligence.