No final de Agosto, eram já 260 os navios porta-contentores imobilizados. A tendência é para esse número crescer, mesmo se os operadores reduzem cada vez mais a velocidade de navegação e, logo, precisam de mais navios.
No final de Agosto, a frota de porta-contentores imobilizados totalizava já os 546 mil TEU. A grande maioria dos navios, cerca de 83%, é de armadores que recebem de volta as unidades fretadas a operadores à medida que os respectivos contratos vão terminando.
A situação tenderá a agravar-se, à medida que os transportadores concretizem as anunciadas reduções de serviços no Far East-Europa, a partir de Outubro, por causa da época de Inverno e da fraca procura.
A Alphaliner estima que até ao final do ano o cenário deverá agravar-se, com a capacidade imobilizada a crescer até entre os 700 mil e os 900 mil TEU.
A situação só não é já pior porque os operadores cada vez mais recorrem ao “slow steaming”, agora “extra slow steaming” ou mesmo “super slow steaming”, para reduzirem o consumo de combustível.
A velocidade média de navegação no Far East-Europa já cai, em alguns casos, abaixo dos 14 nós, daí resultando o aumento do tempo de trânsito médio para a casa das 10,5 semanas, para o Norte da Europa, ou 9,9 semanas no caso do Mediterrâneo.
A redução da velocidade implica a utilização de mais navios. A Alphaliner estima que desde o início do ano a capacidade assim ocupada tenha aumentado cerca de 30%, para cerca dos 930 mil TEU, ou 5,7% da capacidade da frota mundial de porta-contentores celulares.