Sessenta autocarros de turismo vão reforçar, a partir de segunda-feira, o transporte público feito pela CP, Fertagus e Metro Transportes do Sul na Área Metropolitana de Lisboa (AML).
Em comunicado, a ANTROP refere que a medida vai retirar trabalhadores de lay-off, permitindo, igualmente, o regresso à estrada de 60 autocarros parados desde Abril, devido à falta de actividade turística por causa da Covid-19.
Apesar desta solução de apoio rodoviário do turismo à ferrovia, anunciada pelo secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, no início de Novembro, estar prevista também para o Porto, vai iniciar-se, para já, apenas em Lisboa, segundo a ANTROP.
A medida contempla as linhas de Sintra e também a travessia do Tejo pela Ponte 25 de Abril, envolve autocarros de turismo e 50 motoristas que deixam de estar em lay off.
Aquando do anúncio, o Governo avançou que as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto iam ter 1,5 milhões de euros para aquisição de serviços de transporte.
Na Área Metropolitana do Porto eram 17 as linhas, de seis municípios, que apresentavam necessidade de reforço de oferta de transporte, enquanto na Área Metropolitana de Lisboa as necessidades de reforço apontavam para os três operadores ferroviários.
Na CP, na linha de Sintra, está previsto um reforço da oferta na hora de ponta da manhã entre as estações ferroviárias do Cacém e da Amadora e estações do Metropolitano de Lisboa.
Já na Fertagus, haverá autocarros directos da estação do Pragal para Lisboa, entre as 6h20 e as 8h00, enquanto no sentido inverso a circulação será feita entre as 17h10 e as 18h10.
Na Metro Transportes do Sul haverá reforço nas viagens por autocarro de turismo de Corroios para Cacilhas, entre as 7h20 e as 8h00 e entre as 16h00 e as 18h1, no regresso.
À semelhança do que acontecia em dias de greves de comboios, as informações sobre os reforços nos transportes serão disponibilizadas pelas operadores junto às estações da CP e/ou paragens de autocarro.
A ANTROP congratula-se com esta decisão do Governo e da AML referindo que a mesma vai permitir o reforço do transporte público que serve Lisboa e áreas suburbanas através da ferrovia.
“Esta medida é triplamente virtuosa: para os utilizadores de transporte público porque permite aumentar a oferta nas horas e percursos mais críticos, para as empresas de transporte público porque lhes garante alguma actividade depois de oito meses de paragem forçada, e para os trabalhadores porque saem do regime de lay off, o que é muito positivo em termos sociais”, disse Luís Cabaço Martins, presidente da ANTROP, citado no comunicado.