A construção de uma ponte sobre o Douro dedicada à Alta Velocidade está prevista desde os estudos da RAVE, confirmou a Infraestruturas de Portugal (IP) à “Lusa”.
Segundo fonte oficial da IP, este era um “facto já identificado” nos estudos da antiga RAVE (Rede Ferroviária de Alta Velocidade), empresa entretanto liquidada que era responsável pela implementação da Alta Velocidade em Portugal, até aos projetos serem cancelados com a entrada da ‘troika’, em 2011.
“Com a configuração actual, a Ponte de São João não tem capacidade para acomodar o serviço de Alta Velocidade”, refere a IP, pelo que, “no âmbito da futura ligação ferroviária de Alta Velocidade entre Porto e Lisboa, é necessário o aumento de capacidade do atravessamento do rio Douro”.
Em causa está o pedido de realização de um estudo de opções encomendado pela IP ao gabinete de Engenharia e Laboratório de Estruturas Edgar Cardoso, no âmbito do segmento de Alta Velocidade entre o Porto e Soure (distrito de Coimbra), com financiamento previsto ao abrigo do Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030), também ontem noticiado pelo “Dinheiro Vivo”.
“A ex-RAVE desenvolveu, à data, um conjunto de estudos, os quais carecem, nesta altura, de ser validados e actualizados”, justifica a IP.
Questionada sobre se confirma a existência de uma plataforma subterrânea na atual estação de Campanhã, no Porto, para acomodar o serviço ferroviário de Alta Velocidade, fonte oficial da IP lembrou que “os estudos da ex-RAVE previam a implantação da estação de Alta Velocidade à mesma cota da estação de Campanhã, mediante a utilização das actuais linhas 8 a 11”, ou seja, as linhas mais orientais da estação.
“Este é o pressuposto base do estudo que está, nesta altura, a ser desenvolvido e validado”, segundo a IP, que também adianta em relação à cota da ponte que, “nesta fase dos estudos, ainda não é possível disponibilizar as características geométricas da ponte”.
A Infraestruturas de Portugal acrescenta ainda que “no âmbito dos estudos em curso, correspondentes à fase 1 da nova linha Porto-Lisboa, encontra-se em análise o troço Soure-Porto, cujo término será a estação de Campanhã”.
Assim, quanto à ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e à localização de um futuro Parque de Material e Oficinas (PMO), o prolongamento “e respectivo calendário de execução estão a ser avaliados no âmbito da Nova Linha Porto – Valença – Vigo”.
No PNI 2030, prevê-se que a nova linha de Alta Velocidade entre o Porto e Lisboa tenha um tempo de viagem de cerca de uma hora e 15 minutos, e que a ligação entre Porto e Vigo (Galiza, em Espanha), com passagem em Braga e Valença, demore uma hora.
Num ” PAIS NORMAL” construiam 1 só ponte para acomodar a nova travessia pelo metro do Porto e a Alta Velocidade mas como Portugal com os PS deixou de ser normal há décadas (ele diz que faz política há 40 anos !) então gastam-se milhões de € em estudos a somar aos milhões de € já gastos pela extinta RAVE, triste A Costa !
O mesmo acontece em Lisboa a ponte Vasco da Gama devia ter sido construida para acomodar o comboio como Salazar fez na ponte de ferro que deixou preparada para o comboio. Mas isto é pedir que os MINISTROS JAMAIS não gastem os biliões de € dos nossos impostos, são vergonhosos