A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou hoje os concursos para a modernização da Linha de Sines, entre Sines e a Linha do Sul, por cerca de 40 milhões de euros.
A empreitada a contratar implica a modernização do actual canal ferroviário da Linha de Sines, no troço entre Ermidas Sado e Sines, e engloba “trabalhos de via férrea, terraplenagem, drenagem, obras de arte correntes – passagens superiores e passagens inferiores, restabelecimentos, construção de uma nova estação técnica e modernização de estações existentes, instalações fixas de tracção eléctrica infraestruturas de base para sinalização e telecomunicações”, entre outros trabalhos.
Está também prevista a substituição integral da “superestrutura de via”, uma nova “estação técnica ao km 141 e a alteração do ‘layout’ da estação de São Bartolomeu da Serra” para assegurar o cruzamento de comboios de 750 metros de comprimento e optimização das condições de exploração.
Serão ainda suprimidas as passagens de nível da Abela (na Estrada Nacional 390) e da subestação de Santiago do Cacém (Estrada Nacional 121), com a construção de “obras de arte correntes e restabelecimentos”.
Segundo a Infraestruturas de Portugal, foi igualmente publicado em Diário da República a contratação dos serviços de fiscalização, coordenação de segurança em obra e gestão técnica das empreitadas de modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul, no valor de seis milhões de euros.
A Infraestruturas de Portugal indica que o projecto global da “Ligação ferroviária Sines-Elvas”, que está inserida no “Corredor Atlântico das Redes Transeuropeias de Transportes”, tem por objectivo modernizar a infraestrutura ferroviária existente, e, após a construção do troço Évora Elvas, estabelecer uma ligação directa entre Sines e Badajoz em oposição ao trajecto actual.
Se Deus quiser, em 2030 (10 anos depois do prometido por António Costa) já estará concluída a NOVA ligação ferroviária entre Elvas e o porto de Sines, obra será 100 % alentejana do início até ao fim e muitíssimo importante para todo o SUL de Portugal !
Uma obra que chega com mais de 150 anos de atraso relativamente ao planeado por Fontes Pereira de Melo e D. Pedro V. Mas que finalmente nos desbalcanizará ferroviariamente da Europa, e criará condições para que os nossos portos se afirmem como Porta Atlântica da Europa Continental. Dois desafios ainda por enfrentar. A Plataforma Logística do Poceirão, autêntico Porto Seco e Nó de Interligação Ferroviária dos Portos de Lisboa, Setúbal e Sines, à Rede Ferroviária Internacional e à Rede Transeuropeia de Plataformas Logísticas e a Terceira Travessia do Tejo Chelas-Barreiro, adiada desde 1889, que permitirá FINALMENTE o estabelecimento de um verdadeiro Corredor Ferroviário Norte -Sul e acabar com as actuais gincanas ferroviárias usadas actualmente nessa ligação.