A Alta Velocidade espanhola fez a primeira vítima entre as companhias aéreas de low cost, no caso a Rynair, na ligação entre Madrid e Valência.
O presidente da Ryanair, Michael O’Leary, anunciou em Alicante que a companhia aérea de baixo não voltará a operar na rota entre Valência e Madrid.
O’Leary justificou a decisão com o facto de não ser possível “competir numa ligação curta com o comboio de Alta Velocidade”. A viagem do AVE entre a capital espanhola e Valência demora cerca de hora e meia.
O presidente da Ryanair falava num encontro com jornalistas espanhóis no qual deu também conta da intenção de reduzir drasticamente as operações em Alicante, passando de 11 para apenas dois aviões ali baseados.
A culpa, disse, é da AENA, que quer impor a utilização das mangas telescópicas para o embarque/desembarque dos passageiros. Uma medida com reflexos nos tempos de operação (as rotações dos voos da Ryanair acontecem em 25 minutos) e nos custos (dois milhões de euros a mais), criticou O’Leary.
A gestora dos aeroportos espanhóis contestou de imediato, referindo que a Ryanair utiliza as mangas noutros locais (Barajas e El Prat, por exemplo), e que o custo é de 32 cêntimos por passageiro.