O concurso para a privatização da Azores Airlines atraiu dois candidatos. Ambos oferecem 6,50 euros por acção, pelo que terão de melhorar as propostas.
Os candidatos foram anunciados no decurso da abertura das propostas referentes ao concurso público internacional para a privatização da Azores Airlines, que decorreu hoje na sede do Grupo SATA, em Ponta Delgada.
Os dois candidatos são o Atlantic Consortium e a New Tour Azores, S.A.. Como ambos se propõem pagar 6,5 euros por acção, “de acordo com o procedimento previsto nestes casos, procede-se à suspensão do acto público, por forma a que os concorrentes possam melhorar o preço por acção apresentado, o que deverá ocorrer nos próximos cinco dias úteis seguinte ao ato público de abertura das propostas”, referiu a SATA Holding em comunicado.
O caderno de encargos prevê a venda de um mínimo de 51% e de um máximo de 85% do capital social da companhia aérea regional.
O concurso foi lançado em Março passado e o prazo para a apresentação de propostas for prolongado por cerca de mês e meio, em Maio, “perante uma grande procura do caderno de encargos de mais de 31 entidades, e porque ocorreram pedidos formais e informais manifestados por alguns dos interessados para o alargamento dos prazos”, justificou então o Gono Regional dos Açores.
O futuro dono da maioria da SATA Internacional ficará obrigado a respeitar os acordos colectivos de trabalho e a não realizar despedimentos colectivos, nem extinguir postos trabalho “durante um período mínimo de 30 meses”.
Também durante 30 meses, no mínimo, a SATA Internacional terá de manter a sede e a direcção efectiva nos Açores e operar as ligações Lisboa – Ponta Delgada, Lisboa – Lajes, Porto – Ponta Delgada e Porto – Lajes e os voos para os EUA e o Canadá.
O projecto estratégico (25%), o reforço da capacidade económica da companhia (25%) e o compromisso com a estabilidade laboral (15%) serão os factores mais valorizados na avaliação das propostas.
A privatização da SATA Internacional é uma das condições impostas pela Comissão Europeia para aprovar o plano de resgate da companhia açoreana.