A IAG, a holding que controla a British Airways e a Iberia, poderá em breve perder o seu maior accionista, o espanhol Bankia.
O banco do país vizinho solicitou na sexta-feira passada o resgate ao governo de Madrid, num montante de quase 20 mil milhões de euros. Na altura, a instituição financeira anunciou a intenção de alienar as suas participações em várias companhias.
A medida justifica-se pela necessidade de recapitalizar o banco, mas é também imposta pela prática nos casos de intervenção pública em bancos. As autoridades comunitárias da Concorrência impõem a venda das operações non-core.
O Bankia era um accionista de referência da Iberia e, na sequência da fusão com a British Airways, tornou-se o maior accionista individual da IAG, a holding que controla as duas companhias, com uma posição de 12,1%.
A posição do Bankia na IAG é de longe a maior. Segundo a informação disponível online, os restantes accionistas com participações relevantes são apenas quatro e controlam entre 3% e 5% da holding, cada.
A concetizar-se, a saída do Bankia da holding da BA-Iberia deverá ter de ser feita de modo a preservar o equilíbrio de forças entre espanhóis e britânicos. A posição será apetecível mas a crise no país vizinho certamente não ajudará a encontrar compradores para ela.