O Grupo Barraqueiro está no mercado para encomendar oito comboios de Alta Velocidade. O investimento ronda os 300 milhões de euros, adiantou Luís Cabaço Martins ao “Negócios”.
A B-Rail, do Grupo Barraqueiro, mantém a intenção de iniciar as operações de Alta Velocidade em 2029, no corredor Braga – Porto – Lisboa – Faro, assim esteja disponível a infra-estrutura.
Em entrevista ao “Negócios”, Luís Cabaço Martins, administrador do grupo de Humberto Pedrosa, reafirmou os planos para a Alta Velocidade, nomeadamente a intenção de realizar 12 viagens ida-e-volta diárias entre Porto e Lisboa, mais três a Braga e duas a Faro.
Para isso, a B-Rail propõe-se operar com oito comboios, para o que continua em negociações com diferentes operadores. As opções são várias, até porque, avançou o executivo, a escolha pela bitola ibérica “do ponto de vista do investimento é uma boa notícia, porque há mais fornecedores”.
O investimento previsto, nos comboios e manutenção, rondará os 300 milhões de euros, adiantou.
Luís Cabaço Martins alertou, no entanto, para várias condicionantes que importa resolver. Desde logo, a conclusão da nova linha de Ata Velocidade nos previstos; depois, o valor da taxa de uso a ser cobrado pela Infraestruturas de Portugal (entre cinco e oito euros/km é o valor apontado pela B-Rail, em linha com a média europeia, sendo que a taxa de uso representa mas de 50% dos custos operacionais); ainda a questão da possível / obrigatória transição da bitola ibérica para a bitola UIC; e, last but not the least, a concorrência da CP.
Concorrer com os Alfa da CP ainda antes de 2029 é que estará fora de causa, por falta de material circulante e, sobretudo, por falta de capacidade da Linha do Norte, rematou Cabaço Martins.
Parabens à Umberto Pedrosa pela coragem de concorrer à construção da AV PORTO – LISBOA. Desejo que se junge à MOTA-ENGIL para dar mais músculo económico e financeiro, VIVA PORTUGAL