O porto da Beira, em Moçambique, vai dispor de um novo terminal de minério de ferro, com capacidade para movimentar até 20 milhões de toneladas/ano.
A iniciativa é do grupo indiano Essar Global, que vê no porto da Beira a porta de saída natural para a exportação do excedente de produção das minas de Mwazeni e Ripple Creek, que explora no vizinho Zimbabué. A ligação entre as minas e o porto será feita por uma conduta que será mais longa que a maior do mundo actualmente (396 quilómetros, no Brasil, também da Essar Global)-
O grupo Essar, que tem sede em Bombaim, tem estado a aumentar as suas reservas de minério de ferro e de carvão, ingredientes básicos para a produção de aço, após um aumento dos preços derivado do aumento da procura na Ásia. Desde 2008, o preço do minério de ferro quase triplicou e a Morgan Stanley previu em Maio um aumento sustentado do preço do carvão nos próximos cinco anos.
Em Maio, o grupo Essar comprou uma participação de 54% na Zimbabwe Iron and Steel Co, paralisada desde 2004 devido ao acumular de dívidas e ao equipamento obsoleto, tendo anunciado um investimento de 750 milhões de dólares para o recomeço da laboração.
O governo de Moçambique, com o apoio da Dinamarca, está a investir perto de 53 milhões de dólares na dragagem do porto da Beira, de forma a torná-lo acessível a navios de 60 mil toneladas.