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Home Opinião

Beja-me mucho

por Pedro Castro
14/04/2022
em Opinião
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Akureyri é a quarta maior cidade da Islândia, fica situada no norte do país e conta com menos de 20 mil habitantes. Fica fora do eixo sudoeste da ilha onde se situa a capital (Reykjavik), o único aeroporto internacional do país e onde se concentram 80% dos turistas que, regra geral, ficam-se num raio de 100 km à volta da cidade.

Apesar de integrada no sistema de transportes da Islândia, Akureyri, e por tabela todo o norte da ilha, pouco ou nada beneficiam do turismo, uma das principais atividades económicas da nação. Na verdade, apenas os turistas que voltam à Islândia uma segunda ou terceira vez se aventuram para a região norte, algo que os governantes pretendem ajudar a mudar e com isso combater o fenómeno conhecido por “over-tourism” (turismo em excesso). Não será por falta de atividades e pontos de interesse que o norte da ilha não se desenvolveu tanto: observação de grandes cetáceos, esqui, o maior parque natural da Europa Ocidental, vulcões e uma paisagem tão única na Terra que foi usada pela NASA para treinar os seus astronautas da nave Apollo.

Durante a forçada pausa pandémica, o governo islandês decidiu investir 20 milhões de euros para expandir o aeroporto doméstico de Akureyri de forma a poder receber voos internacionais. Confrontado com um turismo excessivo em determinadas épocas do ano, que colocava sob enorme pressão as belezas naturais que tão bem vendem o destino, pretendeu o governo criar condições de acessibilidade e infraestruturas que permitissem dispersar o turismo e seus benefícios por todo o país e, com isso, mitigar os inegáveis inconvenientes dessa atividade.

Com “apenas” dois milhões de turistas em 2019 e uma população residente de 350 mil habitantes, esta foi uma das soluções encontradas pela Islândia para enfrentar os desafios do turismo pós-pandemia: transformar dois aeroportos domésticos no norte e no leste do país para receberem voos internacionais.

A ANA-Vinci, concessionário monopolista dos aeroportos comerciais do Continente, não tem qualquer interesse em estimular o aeroporto de Beja, nem mesmo para acolher os jatos privados de alguns cantores durante o Festival Meo Sudoeste.

A Portugal, país de 10 milhões de habitantes e que acolheu mais de 24 milhões de turistas não residentes em 2019, interessa a história de Akureyri – e não é pelo bacalhau islandês que importamos.  É desta pequena cidade que nasce a próxima companhia aérea operada por uma empresa Portuguesa. Chama-se NiceAir, sem qualquer relação com a conhecida cidade francesa da Côte d’Azur. Os seus voos serão operados pelo Airbus A319 da Portuguesa HiFly – código de voo, tripulações, avião, tudo será nosso. Tudo, salvo seja: na verdade, os aviões da HiFly estão registados em Malta mas, quando estão em Portugal, encontram-se baseados no aeroporto de Beja. Confuso?! Eu também, vamos por partes.

Registo dos aviões: no quadro jurídico-comercial da União Europeia, os aviões podem estar registados em qualquer estado membro. Ao registar os seus aviões em Malta (como várias outras companhias), a HiFly escolheu o país que providencia este passo administrativo fundamental para se poder voar de forma mais célere, desburocratizada e económica. Em Portugal, esta é uma das tarefa da ANAC- Autoridade Nacional da Aviação Civil. O seu conselho de administração, sugerido pelo Ministério das Infraestruturas, aufere salários acima dos 10 mil euros mensais, mas nem isso altera a lentidão do registo para todos os operadores não-TAP. Tal prática não só empurrou a HiFly e a NetJets a registarem os seus aviões no estrangeiro, como enxotou, em seu tempo, a apátrida easyJet (europe) pós-Brexit para a Áustria.

Uma situação no mínimo caricata para um país que investiu três mil milhões de euros numa companhia aérea por se considerar periférico e ver no acesso aéreo a única alternativa. Se assim é, comecemos então pelo princípio: melhore-se o registo civil aeronáutico e garanta-se, assim, que as taxas de registo de matrícula, as licenças de estação, as renovações de licença, as auditorias da autoridade e toda uma panóplia de serviços associados a estes procedimentos passem a ser feitos e pagos no nosso país. Acreditem: gera receita e emprego! Bem estruturado, até pode gerar interesse de operadores estrangeiros em registarem os seus aviões – privados ou não – no nosso país.

Segunda parte: a HiFly, companhia Portuguesa baseada em Beja vai operar o seu A319 à partida de Akureyri para a Europa… porquê? Em primeiro lugar, porque o gestor aeroportuário islandês (Isavia, o equivalente à ANA-Vinci de lá), lançou uma campanha de subsídios e descontos para atrair novas companhias aéreas para os novos aeroportos internacionais de Akureyri e de Egilssatir. São nomes pouco comerciais e desconhecidos, é certo, e não será fácil alterar o hábito instalado de se voar para a capital, Reykjavik, por onde passaram 8 milhões de passageiros em 2019. A vontade de descentralizar e redistribuir a riqueza do turismo por diferentes partes do país, associada à própria moda de descobrir regiões e destinos fora dos roteiros turísticos, faz acreditar que o plano trienal de descontos nas taxas de aterragem e taxas de passageiro, entre os 100% e os 75%, para os dois aeroportos irá cumprir o objetivo macroeconómico desta iniciativa. Para operadores que realizem um mínimo de seis voos existirá ainda um incentivo de 18€ por passageiro e, dependendo do tipo de operação, haverá um fundo de até 60 mil euros para marketing e publicidade do destino no mercado emissor à disposição.

Em Beja, e apesar de todas as facilidades e comodismos, incluindo parqueamento gratuito para os automóveis à frente do terminal, entrada e saída relâmpago do terminal, pista pronta a acolher o maior avião do mundo e todos os apetrechos técnicos e radares para garantir uma operação de alta performance, as taxas aeroportuárias aplicadas são as de Faro – ainda assim, uma enorme “melhoria” por relação à tabela do aeroporto de Lisboa previamente aplicada, imagine-se.

19 empresas das mais diversas áreas, desde uma fábrica de cerveja à Europcar islandesa, criaram um consórcio com participações equilibradas entre si. E são eles os primeiros interessado em que esta companhia aérea funcione em 2022 e nos anos que se seguirem.

A ANA-Vinci, concessionário monopolista dos aeroportos comerciais do Continente, não tem qualquer interesse em estimular o aeroporto de Beja, nem mesmo para acolher os jatos privados de alguns cantores durante o Festival Meo Sudoeste. São prontamente reencaminhados para Lisboa ou Faro. Qualquer concessionário não-monopolista já teria feito de Beja um aeroporto com uma centralidade própria, servindo uma região em pleno crescimento turístico (o crescimento do Alentejo em termos de oferta, capacidade e chegada de turistas foi acima da média nacional nos últimos anos) e que pode ser uma alternativa para toda uma região a sul de Lisboa e norte do Algarve e para as cidades fronteiriças de Espanha. Necessita “apenas” de um acesso aéreo alavancador. Agora que foi extinta a secretaria de estado da descentralização e da valorização do interior, e tendo em conta que os círculos eleitorais do Alentejo elegem apenas 6 dos 230 deputados do Parlamento, a esperança é nula.

Voltando à companhia NiceAir: resulta do esforço coletivo da sociedade civil, que aproveita as infraestruturas melhoradas e colocadas à disposição pelo estado Islandês numa simbiose perfeita em que cada um conhece o seu lugar e o seu contributo. 19 empresas das mais diversas áreas, desde uma fábrica de cerveja à Europcar islandesa, criaram um consórcio com participações equilibradas entre si. E são eles os primeiros interessado em que esta companhia aérea funcione em 2022 e nos anos que se seguirem. Para não correr riscos adicionais desnecessários, toda a operação será externalizada neste primeiro ano experimental e os empregos diretos criados serão por isso mais limitados. As rotas que a NiceAir começará em Junho representam um misto entre ligar a região e suas empresas aos mercados relevantes e permitir deslocações interessantes para os residentes do norte da Islândia. Assim, terá voos semanais para Tenerife (não será Faro, nem a Madeira, mas sim as Canárias) já que a temperatura de um bom dia de Verão nestas paragens ronda os 12 graus, e também terá dois voos por semana para Copenhaga e Londres. Com o interline virtual já disponível serão igualmente proporcionadas ligações simples à partida desses aeroportos. Esta facilidade de acesso e o “bypass” propositado ao hub de Reykjavik com cinco rotações semanais sem escalas são os pontos fortes da companhia, cujos voos foram colocados à venda em Março com preços a partir de 120€. Outra companhia que também vai operar é a Transavia com um voo semanal de Amsterdão.

Olhando para o estado de abandono da infraestrutura de Beja, o potencial (inter)nacionalmente reconhecido da região do Alentejo, a realidade insular do nosso território e o desígnio nacional de desenvolver e redistribuir a riqueza pelo maior número de regiões possível, só me ocorre criar um novo prato da fantástica culinária alentejana que a região poderá sarcasticamente oferecer aos governantes e decisores Lisboetas: “Pérolas aos porcos desperdiçadas com decisões erradas a murro”

PEDRO CASTRO

Diretor da SkyExpert Consulting

Docente de Gestão Turística no ISCE

 

Tags: Aeroporto de BejaANA. VinciPedro Castro
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