O governo belga decidiu adiar por três anos a cobrança de uma taxa quilométrica aos veículos pesados de mercadorias.
O novo sistema deveria entrar em vigor algures no próximo ano. O adiamento é justificado pelas dificuldades para seleccionar o concessionário que há-de montar e operar o sistema, e mais ainda pelo atraso na escolha das estradas ou auto-estradas que ficarão abrangidas.
Essa escolha será da responsabilidade das três regiões belgas – Bruxelas, a Flandres e a Valónia -, sendo que serão elas a receber as receitas, com a contrapartida de assumirem a gestão das infra-estruturas rodoviárias.
Enquanto a taxa quilométrica não avança, a Bélgica mantém-se no regime da Eurovinheta, tal como acordado em 1995 com os restantes países do Benelux, a Dinamarca, a Suécia e a Alemanha (este último país retirou-se em 2005, quando avançou com a LKW-Maut).
O adiamento da taxa quilométrica belga é, sem dúvida, uma boa notícia para os transportadores rodoviários de mercadorias, uma vez que os montantes a cobrar serão, de acordo com as estimativas, muito superiores aos actuais.
A Eurovinheta rende anualmente cerca de 100 milhões de euros aos cofres públicos belgas.