O Estado belga vai aumentar a sua participação no capital da Lineas, operador ferroviário de transporte de mercadorias privatizado em 2015.
Através do fundo SFPIM, o Estado belga passará a deter 45% do capital da Lineas, na sequência de um aumento de capital de 64 milhões de euros: 30 milhões de euros em dinheiro e 34 milhões em conversão de dívida em capital.
A operadora, que se auto-proclama maior operador privado de transporte ferroviário de mercadorias da Europa, tem estado à beira da falência, devido aos elevados prejuízos acumulados.
Já no ano passado, a Lineas tentou levantar 100 milhões de euros junto de investidores, mas apenas conseguiu arrecadar 20 milhões, do SFPIM e da capital de risco francesa Argor Wityu, que doravante ficará com 55% do capital.
O passivo da Lineas rondará os 300 milhões de euros. No ano passado perdeu 39,5 milhões de euros, num volume de negócios de 479 milhões de euros. Em 2022 foram 100 milhões.
Apesar disso, o seu CEO, Bernard Gustin, mostrou-se confiante em declarações à imprensa local. Disse acreditar que o break-even será atingido já este ano e que o regresso aos lucros acontecerá em 2025. A partir de 2028, com a Linear em velocidade de cruzeiro, espera uma margem operacional de 6-8%.
A Lineas foi assim baptizada em 2017, alterando o nome de B Logistics, que lhe foi posto quando ainda era a divisão de transporte de mercadorias da operadora pública belga SNCB.