A BIMCO reviu em alta as previsões para o aumento da frota de porta-contentores, e em baixa as estimativas para o tráfego mundial.
Apesar da quebra da procura, da baixa dos fretes e da entrada no mercado de muitos navios de grandes dimensões, os armadores não dão sinais de quererem abrandar nas encomendas, que continuam próximas do recorde de 7,6 milhões de TEU registados em Março último, assinala a BIMCO.
Em consequência, a organização reviu em alta a previsão do crescimento da frota mundial de porta-contentores, agora para 7,9% no ano corrente e 7,8% em 2024.
Ao invés, e atenta a evolução do mercado no primeiro semestre, a BIMCO baixou as expectativas para a evolução do tráfego mundial de contentores, para o intervalo -0,5/0,5% em 2023 e 3/4% em 2024.
A ajudar ao desequilíbrio entre a oferta e a procura de capacidade estará também a redução significativa do número de navios que serão desactivados. A organização aponta para a reciclagem do equivalente a 200 mil TEU ainda este ano e 600 mil TEU no próximo.
A adopção do slow steaming, para poupar combustível e melhorar a performance ambiental dos navios, poderá ajudar a reduzir o excesso de oferta, concede a BIMCO, que nota que a velocidade média de navegação baixou até ao momento 3,5% face ao período homólogo de 2022.