Este ano deverão ser enviados para desmantelamento navios porta-contentores com uma capacidade total de 400 mil TEU, prevê a BIMCO. Mas isso terá reduzido efeito no (des)equilíbrio entre a oferta e a procura.
A associação internacional de armadores e operadores BIMCO (Baltic and International Maritime Council) prevê, no seu mais recente relatório, que sejam enviados para desmantelamento navios porta-contentores no total de 400 000 TEU , 60% acima dos 250 000 TEU que antecipou em Janeiro.
“A procura global de contentores cresceu cerca de 2% no segundo trimestre em comparação com o segundo trimestre de 2015. A procura global de contentores está com dificuldades em atingir um multiplicador de um no rácio PIB/comércio”, afirma, citado no relatório, o analista-chefe da BIMCO, Peter Sand.
O especialista prevê que a tonelagem aumentará 18% até 2018, em termos brutos, com os desmantelamentos a representarem apenas 3% da frota global este ano e 2% em 2017 e 2018.
“Para haver um equilíbrio entre o crescimento da procura e da oferta no total do ano, é necessário que a procura aumente nos terceiro e quarto trimestres. Até à data, o balanço piorou. A procura tem sido lenta, parte da frota inactiva foi reactivada e o número de novos navios superou o dos enviados para abate”, salienta Peter Sand.
Ainda que as demolições possam ajudar ao equilíbrio entre oferta e procura, a verdade é que a maioria dos navios desmantelados são de pequenas dimensões ao passo que as novas unidades que entram no mercado são de grande capacidade.