As companhias de transporte marítimo de contentores receberam, em média, menos 7% (42 dólares/39,1 euros) por TEU em 2016 face ao ano anterior, considerando os valores no mercado spot praticados nas rotas que integram o índice SCFI (Shanghai Containerised Freight Index), de acordo com BIMCO.
Os dados da organização indicam, porém, uma inversão no segundo semestre do ano. Os preços médios dos fretes na segunda metade de 2016 foram, de facto, 22% superiores aos registados em igual período de 2015.
A BIMCO explica que a melhoria de cenário se deveu a medidas tomadas pelas companhias “em termos de optimização de rede, desmantelamento e alinhamento cuidado de navios na época alta”.
“Apesar do preço médio dos fretes ser mais baixo em 2016 do que em 2015, 2016 pode ser um sinal positivo, em que as companhias de transporte marítimo de contentores tomaram algumas das medidas necessárias para se adaptarem à nova normalidade, em que o crescimento da procura é igual ao do PIB”, indica, citado no relatório, o analista-chefe da BIMCO, Peter Sand.
Com a subida no segundo semestre, dois terços das rotas do SCFI fecharam 2016 com um preço de frete superior a 2015 e três rotas atingiram o valor máximo da semana 52 em mais de cinco anos. Estas rotas são as que ligam Xangai a Santos e Durban à Austrália e à Nova Zelândia.