Os defensores da bitola UIC pediram ajuda a operadores europeus para pressionarem Bruxelas para convencer o Governo a mudar de planos.
Na carta enviada a entidades como a Unife, CER, ERF, FIATA ou CLECAT, e a que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS teve acesso, os empresários, técnicos e académicos que têm mantido uma verdadeira cruzada em favor da migração da bitola europeia para UIC, insistem nas críticas ao Governo e até à Comissão Europeia.
Os signatários dizem-se preocupados com o estado das ligações ferroviárias de Portugal à Europa e a falta de planos fiáveis para a implementação da componente nacional da rede para tráfego misto da RTE-T.
“Pensamos que é também do vosso interesse, enquanto operadores de transporte de passageiros e de mercadorias, conseguirem aceder à rede portuguesa em condições de total interoperabilidade”, sustentam os “notáveis” portugueses, num “piscar de olhos” aos operadores e organizações europeias.
“A motivação do Governo português é proteger os operadores nacionais da concorrência internacional”, reforçam, mais adiante, antes de concluírem que “seria muito útil a vossa pressão junto da DG MOVE da Comissão Europeia no sentido de persuadir o Governo português a alterar a sua política de exclusividade da bitola ibérica e da não planeamento da bitola UIC”.
Se bem sucedidos, antecipam, o resultado seria a construção das novas linhas do Corredor Atlântico em bitola europeia, “como exigido pelo Regulamento EU 1315/2013” e “como deveria ser uma condição necessária para o acesso ao co-financiamento da UE, em particular o CEF”.
Ao longo da missiva, os signatários insistem nos seus argumentos em favor da migração imediata da bitola, sublinhando, nomeadamente, os acréscimos de volumes de tráfego que resultarão da transferência de cargas do modo rodoviário (acima dos 3oo km de percurso) prevista no Regulamento 1316/2013.
A hipótese de futura migração da bitola, usando as travessas polivalentes, é de novo refutada, por implicar, dizem, interrupções de circulação prolongadas e sobrecustos elevados. Algo que a Comissão Europeia parece desconhecer, criticam.
Ah! Ah! Ah!
Vê-se mesmo que estão anquilosados no tempo.
Presentemente a União Europeia até subsidia a compra de rodados deslizantes, no caso de Espanha para França os eixos OGI.
Os mesmos “notáveis” também não sabem ou fingem que não sabem que a União Europeia já deixou cair a hipótese de existir uma bitola única em toda a União Europeia.
Enfim, são os “notáveis” ou falsos notáveis que temos. Deve ser o efeito da idade.
quem são estes senhores notáveis ?
sr. Rui Coutinho, em resposta à sua interrogação “quem são estes senhores notáveis ?”
eu ponho a questão ao contrário, pergunto onde estavam todos eles (não direi no 25 de Abril, como dizia o Herman” mas insisto na questão fartamente dita por mim, onde estava esta fauna toda quando se iniciou o «comboiocídio” em Portugal.
Recordo que um desses “notábeis” foi ministro da indústria de um dos governos responsável por uma das maiores percentagens de destruição da ferrovia em Portugal, outro “fauno” desse grupo comentou uma vez à margem de um debate sobre transportes em Portugal, “que melhor seria o nosso governo reduzir à mínima expressão o transporte de passageiros por comboio e com a economia daí resultante subsidiar os combustíveis para o transporte particular ou individual, uma vez que PORTUGAL é detentor de uma quantidade substancial de auto-estradas e ou vias rápidas.
Lastimo que a pessoa que me falou nisto, não esteja disponível para confirmar, caso fosse necessário.
Em relação à bitola ser assim ou assado, basta ver-mos o que se passa aqui ao lado na Espanha, há um equipamento chamado de intercambiadores de via e que o país vizinho é detentor de tecnologia para o efeito para quem estiver interessado recomendo o site da ADIF – abrir em intercambiaores de via CAF ou TALGO e assim cada um tira as conclusões que entender. Lembro a todos que em Espanha só a rede de alta velocidade tem a bitola UIC (EUROPEIA) o transporte de mercadorias utiliza a rede ibérica, todos calculamos a extensão das vias férreas em Espanha, e as ligações internacionais em modo de carga que a ferrovia em Espanha faz diáriamente – para que conste ainda está vedada ao tráfego de mercadorias a utilização da rede de alta velocidade. pertenço ao numero daqueles que pensam que esta parafernália toda acerca da questão da bitola tem a ver com outos objectivos. vamos a ver, até lá direi sempre CONTINUA A SER PRECISO AVISAR A MALTA
um abraço do ZÉ DO MALHO