Uma frente de cais de 800 metros capaz de receber navios Panamax, uma área adjacente de 96 hectares e a proximidade a Madrid são argumentos com que a Sapec espera vender o Blue Atlantic, na zona de expansão do porto de Setúbal.
O projecto, lançado em meados de 2015, tenta agora um novo fôlego com o reforço da promoção junto de potenciais investidores internacionais interessados em estabelecer-se na frente atlântica europeia e próximo de Madrid.
Argumento importante é a possibilidade de construção de um cais de 800 metros de extensão e fundos de -13 metros, capaz de receber navios do tipo Panamax. O porto de Setúbal fica próximo de Lisboa mas, mais importante para os potenciais investidores, é o segundo mais próximo de Madrid.
Para facilitar o acesso à capital espanhola, o masterplan da Blue Atlantic prevê a construção de um terminal ferroviário privativo para comboios de até 880 metros, com ligação directa à rede nacional, e logo, a prazo, ao Corredor Internacional Sul.
Em terra, os 96 hectares disponíveis permitem uma capacidade construtiva de 380 mil metros quadrados, existindo já infra-estruturas essenciais como redes de abastecimento de energia eléctrica ou de fibra óptica, além de redes de saneamento (com tratamento de efluentes), de abastecimento de água e de gás.
Poderão ali instalar-se indústrias pesadas, ou empresas de logística internacional, ou operadores portuários, embora a aposta maior dos promotores seja na complementaridade entre indústria e logística.
Fernando Fernandes, que lidera o projecto e a sua promoção no exterior, insiste nas virtualidades da Blue Atlantic para os investidores que queiram estabelecer-se no porto de Setúbal, beneficiando ainda das suas ligações a mercados europeus como Espanha, França, Itália, Reino Unido ou Alemanha, e bem assim aos países da CPLP.