O Boeing 737 MAX deverá voltar aos ares no fim do ano. A informação foi dada, em conferência de imprensa, pelo presidente e CEO do construtor, Denis Muilenberg.
A Boeing está a trabalhar nas melhorias do software que, acredita-se, esteve na origem dos acidentes ocorridos na Indonésia e na Etiópia, e que obrigaram à paragem dos B737 MAX.
“Estamos a trabalhar numa actualização do software, finalizando-a, trabalhando com os planos de certificação que esperamos enviar em Setembro para que os MAX regressem ao serviço no início do quarto trimestre”, avançou aos jornalistas, em Nova Iorque, Muilenburg. Até agora, segundo o executivo, a Boeing realizou 500 voos de teste com o novo software do 737 MAX, em dois dos quais o próprio CEO viajou.
Cinco meses de crise
A Boeing tem sofrido uma profunda crise de reputação ao longo dos últimos cinco meses após a queda de um B737 MAX na Etiópia, apenas seis meses depois de outro aparelho do mesmo modelo se ter despenhado na Indonésia. No total, ambas as catástrofes resultaram em 346 vítimas.
O cenário com o qual a Boeing trabalha é manter a produção do 737 MAX em 42 unidades mensais (até Abril esteve em 52), para iniciar 2020 com uma produção de 57 unidades por mês. Dependendo das decisões dos reguladores, outras medidas podem, porém, ser tomadas, como reduzir ou mesmo voltar a paralisar a produção.
A Boeing continua com mais de 4 400 encomendas deste modelo pendentes. Há, além disso, quase 500 unidades sem permissão para voarem.