O mercado mundial de carga aérea mundial mais do que duplicará nos próximos 20 anos, e com ele (quase) a frota de aviões cargueiros, prevê a Boeing.
O e-commerce será a principal alavanca do crescimento da carga aérea a nível mundial. As novas plataformas digitais já hoje expedem cerca de dez mil toneladas por dia (o equivalente a cerca de 100 B777F) e a tendência é para se manter, antecipa a Boeing no seu mais recente Commercial Market Outlook 2024-2043.
Para responder a uma tal procura, a frota mundial de aviões cargueiros deverá passar dos actuais 2 340 aparelhos para a casa dos 3 900, em 2043. O que pressupõe serem necessários 2 845 aparelhos, entre novos (1 005) e convertidos (1 840) para renovar e ampliar a frota.
Serão mais aviões e maiores. O segmento dos large widebodies, com uma capacidade de transporte de mais de 80 toneladas, será o que mais crescerá no período analisado: 77%, dos actuais 650 para 1 150 aparelhos. Widebodies (40-80 toneladas) serão também 1 150 em 2043 (actualmente contam-se 755).
As companhias americanas deverão receber 1 115 cargueiros, as da Ásia-Pacífico 980 e as da Eurásia, Médio Oriente e África 750, estima a Boeing.
Em termos globais, a frota mundial de aviões comerciais deverá crescer dos actuais 26 750 aparelhos para 50 170, em 2043. Considerando que dos actuais apenas 6 195 estarão operacionais dentro de 20 anos, serão necessários 20 555 para renovar a frota e 23 420 para a fazer crescer em linha com as necessidades.
Neste período, a China confirmar-se-á como o grande mercado da aviação comerciais, absorvendo sozinha 20% dos novos aparelhos. Os países vizinhos da Ásia – Pacífico ficarão com outros 22%, tal como a Eurásia, enquanto a América do Norte será o destino de 21% das novas aeronaves.
No lançamento do novo Commercial Market Outlook, a Boeing sublinha que as previsões do anterior (2004-2023) confirmaram-se.