Ao cabo de dois anos de avanços e recuos, a Boeing rescindiu o contrato de “fusão” com a Embraer, alegando incumprimento da parte brasileira.
A Boeing rescindiu o acordo ‘Master Transaction Agreement’ com a brasileira Embraer, que tinha como objectivo estabelecer “um novo patamar de parceria estratégica”, anunciou a construtora norte-americana em comunicado.
A Boeing justificou que “exerceu os seus direitos” de rescindir o contrato porque a Embraer “não cumpriu as condições necessárias” dentro de prazo, que terminou na sexta-feira, apesar de parceria ter recebido a “aprovação incondicional” de todos os órgãos reguladores envolvidos, à excepção da Comissão Europeia.
No comunicado, a construtora insiste em que “trabalhou diligentemente” nos últimos dois anos para concluir o acordo com a Embraer. “Há vários meses que temos mantido negociações produtivas sobre as condições do
contrato, mas que não foram atendidas e por último, as negociações não foram bem-sucedidas”.
O acordo entre a Boeing e a Embraer remonta a Julho de 2018. Em Janeiro deste ano, o Brasil deu o seu acordo definitivo à operação, que previa que a Boeing adquirisse 80% da unidade de aviões comerciais do construtor brasileiro, e também a constituição de uma joint-venture para a produção do avião militar de transporte de carga brasileiro KC-390.
A partir daqui, Boeing e Embraer manterão apenas o contrato vigente relativo à comercialização e manutenção conjunta da aeronave militar C-390 Millenium assinado em 2012 e ampliado em 2016.