Como se esperava, a Boeing suplantou a Airbus no salão aeronáutico de Farnborough, e o B737 MAX afirmou-se como um sucesso de vendas.
Na semana que durou a feira britânica, a Boeing garantiu encomendas firmes ou compromissos de compra para um total de 396 aviões, com um valor de catálogo de cerca de 37 mil milhões de dólares.
A Airbus, por seu turno, garantiu encomendas e compromissos para 115 aparelhos, avaliados em 16,9 mil milhões de dólares.
A versão remotorizada do B737 foi a campeã de vendas, garantindo a quase totalidade dos negócios do construtor norte-americano. A maior encomenda foi garantida pela United Continental, que contratou 150 aparelhos (100 B737 MAX e 50 B737), avaliados em 14,7 mil milhões de dólares.
O sucesso do rival da A320 Neo não passa despercebido à Airbus. Em entrevista ao germânico Welt am Sonntag, o presidente executivo da companhia europeia acusou os norte-americanos de estarem a baixar demasiado os preços para conquistarem clientes.
A Boeing saiu de Farnborough com um acumulado de 691 encomendas e, por isso, mais perto de atingir o objectivo de fechar a venda de 1 000 aparelhos este ano. A Airbus é bem mais comedida, prevendo ficar-se pelas 650 vendas.
Juntos, os dois construtores têm em carteira mais de 8 000 aviões, o que lhes garante seis a sete anos de trabalho. Ambos prevêem aumentar o seu ritmo de produção nos anos próximos.