No futuro, os porta-contentores de média dimensão terão cada vez menos lugar nas frotas mundiais, antecipa a Braemar ACM. O mais recente relatório da corretora britânica revela ainda optimismo para o sector.
A Braemar ACM indica que, em 2012, o caderno de encomendas de navios era constituído em 25% por embarcações de até 3 000 TEU, em 33% por navios de 3 000 a 7 499 TEU e em 42% por unidades de +7 500 TEU. No presente, a percentagem de encomendas de navios de até 3 000 TEU é 49%, a de navios de 3 000 a 7 499 TEU fica-se pelos 10% e a de 7 500 ou mais TEU é de 41%.
“A carteira de encomendas de porta-contentores está, gradualmente, a tornar-se numa lista de navios feeder e mega-navios, com pouco investimento em porta-contentores de tamanho médio”, refere o documento da Braemar ACM. A corretora acrescenta que essa tendência deverá manter-se.
Em relação ao mercado de transporte marítimo de contentores em geral, a Braemar ACM está optimista em que o sector está preparado para melhores tempos.
“Se a melhoria actual da procura puder ser mantida e a gestão prudente da frota se mantiver através de desmantelamentos e encomendas inteligentes, o sector tem uma oportunidade razoável de uma reversão nos próximos dois ou três anos”, conclui a Braemer ACM.
Esta notícia vem confirmar o que por várias vezes referi, se os portos de Lisboa & Setúbal e Leixões & Aveiro não investirem fortemente na dragagem dos terminais, Sines vai ficar com o monopólio dos contentores onde tem 60% da quota de mercado e a crescer anualmente