O Brasil concessionou mais um troço – de 537 quilómetros – da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL).
A empresa mineira brasileira Bahia Mineração (Bamin) foi a única a apresentar-se ao leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, no âmbito da “Infra Week”, e, assim, garantiu a concessão, de 35 anos, pelo valor base de 32 milhões de reais (4,8 milhões de euros).
A companhia, controlada por uma empresa do Cazaquistão, também se comprometeu a investir 3,3 mil milhões de reais (500 milhões de euros), metade dos quais será destinada à conclusão das obras do trecho ferroviário, já executadas em 80%.
Este trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste liga as cidades de Ilhéus e Caetité, um importante pólo mineiro e produtor de urânio, no estado da Bahia (no Nordeste brasileiro).
A expectativa das autoridades é que o troço ferroviário agora concessionado comece a operar em 2025, quando poderão começar a ser transportados os grãos e os minérios da região de Caetité, onde a Bamin detém operações na Mina Pedra de Ferro.
O governo brasileiro pretende também realizar a concessão de outros dois troços da FIOL. Trata-se da ligação entre Caetité e Barreiras, também na Bahia e cujas obras já foram iniciadas, e do troço entre as cidades de Barreiras e Figueirópolis, esta última no estado do Tocantins (Norte).
No total, serão 1 527 quilómetros de corredor ferroviário para o transporte de carga, de acordo com o Ministério da Infraestrutura do Brasil.
Em 2019, o Brasil concessionou o troço central da Ferrovia Norte-Sul, outro importante corredor ferroviário, que poderá futuramente ser conectado com a Leste-Oeste no estado do Tocantins.
Também no âmbito da “Infra Week”, como o governo de Jair Bolsonaro baptizou a ronda de importantes concessões de infra-estruturas, foram leiloados 22 aeroportos regionais, que renderam 3,3 mil milhões de reais (500 milhões de euros.
Entre os vencedores esteve a Vinci, dona da ANA, ao garantir a concessão de sete aeroportos.