O Brasil alterou o Código Brasileiro de Aeronáutica para permitir que estrangeiros possam deter até 100% do capital das companhias aéreas brasileiras.
O anúncio foi feito, ontem, pelo Ministério do Turismo na cerimónia de apresentação do programa Brasil+Turismo, em Brasília.
Até aqui, a participação de estrangeiros no capital das companhias aéreas sediadas no país está limitada a 49%.
Segundo informações divulgadas na página do Ministério do Turismo brasileiro na Internet, o objectivo da nova lei é “aumentar a competitividade, o número de voos e de turistas que viajam dentro do país, além de ampliar a malha aérea regional para possibilitar o deslocamento de mais visitantes nacionais e internacionais”.
Azul estreia-se em Bolsa a ganhar 5%
O anúncio das autoridades brasileiras coincide com a estreia em Bolsa da Azul, a companhia aérea detida por David Neeleman, sócio de Humberto Pedrosa na TAP.
A Oferta Pública Inicial (IPO) rendeu à Azul um encaixe bruto de dois mil milhões de reais (608,9 milhões de euros), acima dos 1 500 milhões previstos pelos analistas. A entrada à cotação fez-se logo 4,6% acima do valor da IPO. As novas acções emitidas são preferenciais (sem direito de voto mas com melhores dividendos).
A Azul é detida por David Neeleman, pela Trip – Participações e Investimentos e pela chinesa HNA (esta com uma posição de 23,7% do capital).