O governo brasileiro deverá anunciar depois de amanhã um novo adiamento do concurso para a construção do “trem bala” entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, cedendo às solicitações dos potenciais candidatos.
A decisão de adiamento do projecto de Alta Velocidade já estará tomada, mas só será formalizada depois de uma reunião entre o ministro dos Transportes e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres.
A linha em causa terá uma extensão de 500 quilómetros. O investimento, previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) lançado por Lula da Silva, deverá rondar os 33 mill milhões de reais.
O concurso foi adiado pela primeira vez em Dezembro do ano passado. Então como agora, as empresas interessadas pediram mais tempo para analisar o projecto, formar consórcios e construir as respectivas propostas. Julho parece ser o novo prazo.
O adiamento poderá ser aproveitado para o governo de Brasília mexer em alguns aspectos do programa do concurso. Mas sempre tendo em conta que mudanças profundas implicariam, entre outras coisas, uma nova apreciação pelo Tribunal de Contas brasileiro.
Lá como cá a Alta Velocidade não reúne o consenso. Os críticos falam noutras prioridades – nomeadamente investimentos em aeroportos – e estimam que o final do projecto poderá subir até aos 50 mil milhões de reais.