A Sonangol adjudicou à brasileira Odebrecht a construção do terminal oceânico da barra do Dande, em Angola, por 547,8 milhões de dólares (465,7 milhões de euros).
Além da construção do terminal oceânico da barra do Dande, a empreitada inclui a conclusão do parque de armazenamento de produtos refinados e da doca de atracação de navios.
Os trabalhos deverão iniciar-se ainda este mês. O prazo para a conclusão da obra é de 36 meses.
O concurso público internacional para a construção do terminal oceânico do Dande foi lançado a 28 de Janeiro deste ano, tendo-se apresentado oito concorrentes, cinco empresas individuais e três consórcios.
A obra foi adjudicada no passado dia 2, depois de “um amplo processo de due diligence, conduzido pela empresa norte-americana Trace, e de compliance nas empresas que constaram da lista das três concorrentes habilitadas”, de acordo com um documento a que a “Lisa” teve acesso.
O documento sublinha que se trata de um projecto estruturante para a economia angolana, em virtude da necessidade de o país se dotar de um terminal oceânico com vista a assegurar a manutenção de reservas estratégicas nacionais (580 mil metros cúbicos de combustíveis líquidos – gasolina e gasóleo – e 102 mil metros cúbicos de GPL) e desenvolvimento da indústria petrolífera.
O projecto será igualmente uma alavanca importante para o crescimento económico – por via do aumento das exportações – contribuindo para a balança comercial do país, considera ainda o documento.
O projeto da barra do Dande foi iniciado em 2014 e interrompido em 2016, por força do contexto económico de então.
A construção da infra-estrutura estava anteriormente estimada em 1 500 milhões de dólares (1 240 milhões de euros) e iria ser desenvolvida pela Atlantic Ventures, uma empresa associada a Isabel dos Santos, filha do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, que viu o contrato ser revogado, em 2018.