A Brisa, que integra o consórcio Elos, concessionário do troço de AV Poceirão-Caia, admite o prolongamento da PPP para permitir a entrada dos comboios em Lisboa através da ponte “25 de Abril”.
No “Dia do Investidor”, o administrador da Brisa responsável pelo consórcio Elos, admitiu a hipótese de o consórcio assumir o prolongamento do traçado da Alta Velocidade entre o Poceirão e o Pinhal Novo, para permitir a ligação à rede convencional.
Em causa está a construção de cerca de mais dez quilómetros de via. Mas para fazer a correspondência entre as duas redes seria necessária ainda a instalação de um intercambiador de bitolas, ou a realização do transbordo dos passageiros.
Em qualquer dos casos, o tempo de viagem Lisboa-Madrid seria penalizado. Além do que haverá que considerar a capacidade da infra-estrutura da ponte “25 de Abril” para suportar o tráfego da Alta Velocidade a acrescer ao “comboio da Ponte” e às ligações da CP (sem falar já das composições de carga).
A extensão da PPP do Poceirão-Caia deitaria por terra a PPP Lisboa-Poceirão, poupando os custos inerentes, nomeadamente com a construção da TTT.
O facto de esta hipótese ter sido apresentada no “Dia do Investidor” (importante para a relação com os mercados financeiros) permite especular sobre a existência de conversações nesse sentido entre o Governo e o consórcio. Porém, uma fonte do MOPTC afirmou que este cenário não está a ser equacionado.
A Alta Velocidade, e em particular a PPP Lisboa-Poceirão, incluindo a TTT, será uma das obras objecto de reavaliação pelo grupo de trabalho acordado entre o Governo e o PSD no âmbito das negociações do Orçamento de Estado para 2011.
A Brisa é, com a Soares da Costa, líder do consórcio que ganhou o primeiro, e até agora único, concurso para a construção da futura rede de Alta Velocidade ferroviária nacional.