A desistência da Brisa e a reentrada da Mota-Engil no processo de privatização da ANA foram as maiores novidades do último dia para a apresentação das propostas não vinculativas.
A Brisa anunciou em comunicado o fim da parceria com a brasileira CCR. E justificou-o com as exigências de meios próprios que a tomada do controlo da ANA implica, mesmo ficando a empresa portuguesa com uma participação minoritária na futura concessionária.
Em sentido contrário, a Mota-Engil, que há muito desfizera o consórcio com que se propunha concorrer à gestora aeroportuária, voltou agora à liça, numa parceria minoritária com a colombiana Odinsa, que gere o aeroporto da capital Bogotá.
A Mota-Engil junta-se assim à Teixeira Duarte como concorrentes nacionais à ANA. Sendo que a Teixeira Duarte surge aliada à espanhola Ferrovial, que além do mais controla a gestora de Heathrow.
A lista dos candidatos que apresentaram propostas não vinculativas pela ANA não é ainda conhecida, mas dela deverão constatar, além das duas duplas referidas, e da CCR, agora sozinha, a Corporación América, a Fraport e a GIP (que gere Londres e Gatwick). Igualmente foi falado o interesse de fundos de investimento e de pensões australianos e norte-americanos. Além da gestora do aeroporto de Singapura.
A privatização da ANA só deverá ficar concluída no início de 2013. Ainda assim, o Estado pretende encaixar 500 milhões já este ano, de um total previsível de 1,2 mil milhões de euros.
Entretanto, o “DE” avançou que o futuro dono da ANA poderá dispor de alguns dos aeroportos que lhe estarão concessionados, nomeadamente recorrendo a subconcessões. Tal possibilidade estará prevista na versão preliminar do contrato de privatização, adianta o periódico.