A União Europeia aceitou adiar por dois anos, de 2017 para 2019, a aplicação da nova Directiva sobre Pesos e Medidas, no que diz respeito às alterações à estrutura aerodinâmica dos camiões.
Até lá, as alterações propostas ao design das cabinas serão voluntárias e não obrigatórias, como pretendia o Parlamento Europeu.
As novas regras europeias têm como objectivos reduzir as emissões poluentes e o consumo de combustível no transporte rodoviário de mercadorias na Europa, além de aumentar a segurança rodoviária na União.
A decisão da União Europeia de adiar a introdução das novas medidas segue-se às críticas dos construtores, que pediam o adiamento para 2024 para haver igualdade concorrencial entre as marcas na renovação dos seus modelos de camião. Também a Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) e a União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) já afirmaram que há maneiras mais eficazes de reduzir consumos e emissões do que o redesenho das cabinas.
De igual modo, estados-membros como a França ou a Suécia defenderam o adiamento da introdução da renovada Directiva para que se possam estabelecer previamente os requisitos de segurança. Essa área é, de resto, uma preocupação da União Europeia com as alterações.
Por considerarem que a actual forma de “tijolo” das cabinas dos camiões prejudica a visibilidade e provoca acidentes, nomeadamente com peões e ciclistas, as autoridades europeias defendem um design similar ao das locomotivas de comboios de Alta Velocidade.