A mudança da bitola na Península Ibérica não é uma necessidade, respondeu a Comissão Europeia aos “notáveis” portugueses que alertaram Bruxelas para o risco de Portugal se tornar uma “ilha ferroviária”.
Na resposta enviada a Mário Lopes e Henrique Neto, os primeiros signatários da missiva, a Comissão Europeia refere que a mudança generalizada de bitola na Península, além de desnecessária, implicaria investimentos massivos, também nos acessos aos portos.
Em nome da comissária dos Transportes, Herald Ruijters sublinha que a interoperabilidade ferroviária na Península Ibérica e com o resto da Europa é, de facto, de extrema importância, mas que está acautelada com o Corredor Atlântico, com as novas linhas e as linhas modernizadas a terem a bitola UIC.
A Comissão recorda ainda que, do ponto de vista legal, o Regulamento da Rede Transeuropeia de Transporte apenas exige a bitola UIC nas novas linhas construídas desde 2014.
Além disso, sublinha o Executivo comunitário, ele há outras formas, para além da mudança de bitola, como sejam o terceiro carril, as travessas polivalentes ou os eixos telescópicos.
Na resposta à missiva dos técnicos, dirigentes e empresários portugueses, a Comissão lembra ainda que os estudos realizados e os testemunhos dos operadores mostram claramente que outros parâmetros de interoperabilidade são ainda mais importantes, tais como a electrificação ou a possibilidade de realizar comboios de mercadorias de até 740 metros.
Contudo, refere ainda a carta enviada de Bruxelas, com data do passado dia 3, as questões da bitola e da interoperabilidade estão a ser trabalhadas entre a Comissão e Portugal e Espanha, e entre os dois países.
E conclui: “fiquem descansados, que estamos a fazer todos os esforços, inclusive através do co-financiamento, para garantir a interoperabilidade ferroviária dentro da Península Ibérica e com o resto da Europa”.
Portugal é pelo menos desde 1974 o país da Europa / UE com mais notáveis, aqueles que supostamente acham que sabem mais do que os outros (dizem eles !) mas 99 % deles são mesmo falsos. A saber porquê, Notáveis sobre ferrovia são Carlos Vasconcelos da Medway e Luís Simôes na rodovia, Homens que na prática têm mudado para melhor a economia portuguesa. Supostamente não têm nem doutoramentos nem mestrados nem pósgraduações, enfim têm o mais importante : A ESCOLA DA VIDA, e nestes 2 casos (muitos outros há !) a sua obra fala por si e Carlos Vasconcelos afirma há anos o que a Comissão veio agora afirmar, que a mudança de bitola não é impeditiva nem é o mais importante para Portugal ser competitivo. Muito mais é o NAL – novo aeroporto Lisboa que o ignorante António Costa diz ser assunto TABU em Alcochete preferindo 1 apeadeiro para o Montijo, também importantíssimo é ligar os trajectos do Metro com os do Comboio para acabarmos com situações de terceiro mundo como a Fertagus não poder ligar a margem sul à margem norte na estação Oriente e a linha de Cascais ainda do tempo da Monarquia não ter ligação directa ao centro de Lisboa (o país esta cheio destas situações), também aeroporto de Beja deve ligar-se à linha eléctrica nacional para chegar a Lisboa, também portos precisam se ligar por electricidade à rede ferroviária com electricidade para acabar com os comboios “pouca terra”, etc
O mal de Portugal é ir quando os outros já estâo de regresso, é pena, mas é assim que funciona.
Curioso que ninguém fala que a manutenção da bitola ibérica implica material circulante não standard e por conseguinte mais caro.
E ficamos refens da tecnologia espanhola, do material circulante que eles não querem.