Agentes da Comissão Europeia visitaram de surpresa os escritórios de várias das maiores companhias de navegação mundiais, no âmbito de uma investigação sobre a alegada concertação de preços de transportes.
Como é normal em circunstâncias semelhantes, Bruxelas não divulgou os nomes das empresas “visitadas”. Mas a Maersk, a CMA CGM, a Hapag-Lloyd e também a NOL, a OOCL, a Evergreeen Marine e a Hanjin Shipping confirmaram as diligências e garantiram estarem a colaborar com as investigações.
A investigação comunitária o período que decorreu desde o fim das conferências, em 2008, até à actualidade. Contudo, vários observadores do mercado estimam que as diligências deverão focalizar-se na primeira metade de 2010, e em particular nos tráfegos de/para a Europa, onde e quando se verificaram aumentos de preços simultâneos e de grande amplitude.
Actualmente, sublinham os mesmos analistas citados nos media internacionais, com as tarifas em queda por falta de procura para a oferta de capacidade, as práticas de concertação de preços, a existirem, terão pouca ou praticamente nula expressão.
As companhias que eventualmente venham a ser apanhadas nas malhas da justiça por concertação de preços arriscam multas que poderão chegar até aos 10% do seu volume de negócios anual.