Duas empresas espanholas, uma francesa e uma alemã estão na “corrida” ao fornecimento e manutenção de 30 comboios de Alta Velocidade à espanhola Renfe. Pelo caminho ficaram, por desistência, a Bombardier e a Hitachi.
O contrato foi lançado no final do ano passado e as primeiras entregas deveriam acontecer em 2018, mas o processo será certamente atrasado pelo arrastar da crise governativa no país vizinho.
Venha quando vier, a decisão será muito importante para o vencedor (especula-se que será apenas um), não apenas pelo volume de fabrico de comboios mas também, ou sobretudo, pelo contrato de manutenção das composições por um período de 30 anos (prorrogável por mais dez).
A Renfe pretende comprar 30 comboios, capazes de transportar pelo menos 400 passageiros a uma velocidade de até 320 km/hora. A fabricação em Espanha será uma mais-valia. A CAF concorre com o Oaris, a Talgo com o Avril, a Siemens com o Velaro e a Alsom com o Coradia Exress. Todas têm capacidade produtiva no país.
A Bombardier desistiu de concorrer depois de ter impugnado o processo em tribunal. À Hitachi ter-lhe-á faltado o novo modelo AT-400 para participar na pugna.
Esta será a primeira encomenda da Renfe desde 2008. Com ela a operadora pública espanhola pretende modernizar o parque e aumentar a capacidade para fazer face à concorrência, à abertura de novas linhas e, logo, ao aumento da procura. As primeiras 15 unidades serão entregues assim estejam fabricadas. As restantes serão disponibilizadas em lotes de cinco à medida que forem sendo necessárias.