“Pelo direito da população ao transporte público e à mobilidade”, a Câmara Municipal do Barreiro aprovou uma moção contra a “privatização ou concessão” do Grupo Transtejo.
No documento, o Executivo da autarquia sustenta que a operação de transporte fluvial entre margens do Tejo presta um “serviço público de grande importância e relevo económico”, que desempenha um importante papel nas deslocações da população.
“O sistema fluvial do grupo Transtejo/Soflusa, no conjunto das suas ligações, movimenta diariamente cerca de 74 mil passageiros. A ligação fluvial Barreiro-Lisboa representa hoje mais de 50% do volume total do sistema fluvial, com cerca de 41 mil passageiros/dia, e é o interface de transportes mais movimentado da margem sul”, pode ler-se.
A autarquia, liderada por Carlos Humberto (PCP), considera que a privatização ou a concessão da Transtejo/Soflusa é um processo que levanta “as maiores apreensões quanto ao direito das populações e dos utentes à mobilidade e ao acesso ao transporte público de qualidade”.
A Câmara deliberou que as autarquias sejam envolvidas e auscultadas em todo o processo que está em curso e que a gestão da operação de transportes se mantenha no universo do Sector Empresarial do Estado, procurando dessa forma corresponder às necessidades das populações.
O prazo de consulta pública lançada pelo Governo para a concessão a privados das empresas Soflusa e Transtejo já terminou.