O Canal do Panamá prevê receber este ano menos navios e mercadorias, em parte devido aos efeitos da guerra na Ucrânia.
Para o ano fiscal de 2023, a Autoridade do Canal do Panamá reviu em baixa previsão do tráfego de mercadorias, de 510,3 milhões para 500 milhões de toneladas.
No ano passado, cruzaram o Canal do Panamá 518 milhões de toneladas, ligeiramente acima dos 516 milhões registados em 2021.
Uma das causas apontadas para redução dos fluxos é o desvio para a Europa de carregamentos de gás natural proveniente dos EUA, para compensar o corte dos fornecimentos da Rússia,, em consequência da guerra na Ucrânia.
“Estamos a perder cerca de duas viagens diárias de navios de GNL… Compensamos parcialmente essa perda com o aumento dos preços”, referiu, numa conferência, o administrador do Canal do Panamá, Ricaurte Vasquez, citado pela “Reuters”.
O arrefecimento da actividade económica na China e os receios de uma nova recessão mundial são outros motivos de preocupação para os responsáveis da via navegável.
O Canal do Panamá é uma fonte de receitas fundamental para o país, e por isso uma quebra de actividade é preocupante para a economia nacional.