Os dois candidatos à privatização da maioria do capital da Azores Airlines subiram as respectivas ofertas, com o Atlantic Consortium a propôr pagar mais que o consórcio Newtour/MS Aviation.
Depois de, numa primeira fase, ambos terem oferecido 6,50 euros por acção, o que levantou à suspensão do acto público de abertura das propostas, hoje o Atlantic Consortium dispôs-se a pagar 7,026 euros por acção da Azores Airlines, enquanto o Newtour/MS Aviation se ficou pelos 6,60 euros.
O Atlantic Consortium propõe-se comprar 74,85% do capital social da empresa, num investimento total de 5 269 500 euros. A Newtour/MS Aviation propõe-se ficar com 76, pagando um total de 5 016 000 euros. O Governo Regional pretende vender um mínimo de 51% e um máximo de 85%.
Mas o preço oferecido não é o único critério para decidir sobre as propostas, lembrou Augusto Mateus, presidente do júri.
O Atlantic Consortium é formado pelas empresas Vesuvius Wings, White Airways, Old North Ventures, Consolidador e EuroAtlantic Airways. A NewTour é uma empresa com sede no arquipélago, ligada ao sector do turismo. Ainda em Junho, a Newtour, aliada à angolana Bestfly, anuncoou a aquisição da companhia austríaca MS Aviation.
O futuro dono da maioria da Azores Airlines ficará obrigado a respeitar os acordos colectivos de trabalho e a não realizar despedimentos colectivos, nem extinguir postos de trabalho “durante um período mínimo de 30 meses”.
Também durante 30 meses, no mínimo, a SATA Internacional terá de manter a sede e a direcção efectiva nos Açores e operar as ligações Lisboa – Ponta Delgada, Lisboa – Lajes, Porto – Ponta Delgada e Porto – Lajes e os voos para os EUA e o Canadá.
O projecto estratégico (25%), o reforço da capacidade económica da companhia (25%) e o compromisso com a estabilidade laboral (15%) serão os factores mais valorizados na avaliação das propostas.
A privatização da SATA Internacional é uma das condições impostas pela Comissão Europeia para aprovar o plano de resgate da companhia açoreana.