A história repete-se. A exemplo do que aconteceu no Porto, também em Lisboa os muitos pedidos de esclarecimentos sobre a subconcessão da Carris e do Metropolitano forçaram o adiamento da data para apresentação das propostas dos privados.
Terão sido mais de 2 000 os pedidos de esclarecimento dos potenciais interessados nas subconcessões de transportes públicos de Lisboa. Sensivelmente o mesmo número do Porto, aquando dos processos da STCP e da Metro.
Foram tantos que, tal como na Invicta, foi impossível responder a todos em tempo útil (no caso, 30 de Abril). O prazo para a apresentação das propostas formais à subconcessão terminava hoje. Foi adiado mas ainda sem data determinada.
O Governo quer fechar as subconcessões da Carris e do Metropolitano de Lisboa até 31 de Julho. E sustenta que os novos contratos com os privados representarão uma poupança de 170 milhões de euros para o Estado ao longo da sua vigência.
Contas diferentes fazem os sindicatos. À “Antena 1”, o presidente da Federação dos Sindicatos dos Transportes sustentou que os cadernos de encargos, tal como estão, podem implicar o despedimento de pelo menos 600 trabalhadores e o pagamento de até 230 milhões de euros/ano aos privados.
O PS já disse, entretanto, que se for Governo reverterá os processos da Carris e do Metropolitano… caso eles fiquem concluídos nesta legislatura.