Nunca se transportou tanta carga aérea como em 2024, assinalou a IATA. O novo recorde supera o máximo de 2021. E para 2025 prevê-se também crescimento, ainda que mais moderado.
O mercado mundial de carga aérea cresceu 11,3% em termos homólogos, no ano passado, divulgou hoje a IATA. Para 2025, a associação da companhias aéreas estima um crescimento de 5,8%.
Os volumes movimentados em 2024 superaram os verificados em 2021, até agora o melhor ano de sempre do sector. O contínuo crescimento do e-commerce e as dificuldades sentidas no transporte marítimo são as principais razões do crescimento, segundo a IATA.
Já a oferta de capacidade apenas cresceu 7,4% (essencialmente, capacidade nos porões dos aviões de passageiros), o que elevou o load factor para a casa dos 45,9%.
Os factores mencionados contribuíram para a manutenção em alta dos yields. É verdade que recuaram 1,6% face a 2023, mas ainda terminaram o ano 39% acima do registado em 2019, antes da pandemia.
Para 2025, a IATA antecipa um crescimento de 5,8%, em linha com o desempenho histórico do sector.
“Os fundamentos económicos apontam para outro bom ano para a carga aérea – com os preços do petróleo numa trajectória descendente e o comércio continuando a crescer. Não há dúvida, no entanto, de que a indústria de carga aérea será desafiada a adaptar-se às mudanças geopolíticas em andamento. A primeira semana do governo Trump demonstrou o seu forte interesse em usar as tarifas como uma ferramenta política que poderá representar um duplo golpe para a carga aérea, aumentando a inflação e deflacionando o comércio”, comentou Willie Walsh, citado em comunicado.
Ainda em 2024, a região da Ásia-Pacífico (que vale 34% do mercado mundial) foi a que mais cresceu em termos de procura (34,2%), seguida da América do Norte (25,8%) e da Europa (21,5%).
As companhias aéreas europeias registaram o maior load factor (53,7%), à frente das da Ásia-Pacífico (47,2%) e do Médio Oriente (46,9%).