As companhias europeias foram as que mais perderam na carga aérea em 2022, em termos homólogos, e também face a 2019, o último ano antes da pandemia, de acordo com a IATA.
O mercado europeu de carga aérea contraiu 11,5% em 2022, em termos homólogos. A oferta de capacidade aumentou 0,5%. Comparando com 2019, a procura recuou 8,7%, enquanto a oferta regrediu 16,5%, divulgou a IATA.
Em termos globais, o mercado mundial de carga aérea terminou o ano transacto com uma procura 8% abaixo da verificada em 2021 e 1,6% abaixo de 2019. Do lado da oferta, verificou-se um aumento homólogo de 3%, que todavia foi ainda 8,2% inferior à registada antes da pandemia.
Entre os principais mercados regionais, a Ásia-Pacífico caiu 8,8% face a 2021 e 7,8% face a 2019 (em termos de procura), enquanto a América do Norte regrediu 5,1% em termos homólogos mas cresceu 13,7% na comparação com 2019. No Médio Oriente, a procura caiu 10,7% e 1,6%, respectivamente, enquanto a oferta aumentou 4,3% e cedeu 6,3%.
Em Dezembro, a IATA reportou um recuo de 15,3% na procura e de 2,2% na oferta, prosseguindo uma tendência de quebra que já se prolonga há dez meses.
Para 2023, a IATA prevê que a procura continue em baixa (-5,3% face a 2019), mas que tal terá ainda pouco impacto nas taxas de carga. Pelo que, “a boa notícia para a carga aérea é que os resultados médios e a receita total de 2023 devem ficar bem acima do que antes da pandemia. Isso deve trazer um certo alívio no ambiente comercial, que provavelmente será desafiador em 2023”, comentou Willie Walsh, director-geral da IATA, citado em comunicado.