O mercado de carga aérea continuou a recuperação em Setembro, apesar dos constrangimentos de capacidade, que tenderão a agravar-se para o final do ano.
A procura de carga aérea caiu 8% em Setembro face ao mesmo mês de 2019. Em Agosto, havia recuado 12,2%. De Agosto para Setembro, os volumes transportados (medidos em toneladas-km) subiram 3,7%, anunciou a IATA.
Já a oferta de capacidade caiu em Setembro 25,2%, em termos homólogos, por via da redução dos voos de passageiros. E com isso aumentou a taxa de ocupação dos porões, mas ficou mais difícil o encaminhamento das cargas.
“A carga aérea está em baixa relativamente a 2019, mas é um mundo à parte face às extremas dificuldades do negócio de passageiros”, comentou o director-geral e CEO da IATA. “Para a carga aérea, 92% do negócio continua aí, enquanto 90% do tráfego internacional de passageiros”, reforçou Alexandre de Juniac.
Em Setembro, o mercado da América do Norte já cresceu 8,6% em termos homólogos, enquanto a Ásia-Pacífico e a Europa recuaram 15%.
No acumulado dos nove meses do ano, o mercado mundial de carga aérea ainda perde 13.2% em termos homólogos (17,2% a Ásia-Pacífico, 17,9% a Europa e apenas 1% a América do Norte). Mas com a oferta de capacidade a cair 24,7% o load factor atinge os 53,3%.
Com o aproximar da época alta do final do ano as perspectivas para o negócio são positivas. Mas o constrangimento da falta de capacidade tenderá a agravar-se com o recrudescimento da Covid-19.