O mercado mundial de carga aérea “travou” em Novembro, afectado pelas disrupções nas cadeias logísticas, revelou a IATA.
Em Novembro, o mercado de carga aérea cresceu 3,7% face a Novembro de 2019, o que ficou muito longe da subida homóloga de 8,2% verificada ainda no mês anterior.
De acordo com a IATA, o arrefecimento do mercado deve-se sobretudo às disrupções nas cadeias logísticas e às limitações de capacidade resultantes do recrudescimento da pandemia de Covid-19, que também afectou a disponibilidade de pessoal (com muitos trabalhadores em isolamento).
Na verdade, acrescenta a associação, as condições económicas continuaram a ser favoráveis à carga aérea, quer pelo aumento das vendas a retalho em países como os EUA e a China, quer pela subida do comércio mundial, quer pelos inventários reduzidos, quer mesmo pelo aumento da procura de produtos necessários ao combate à Covid.
A América do Norte continuou a ser, em Novembro, o mercado regional com maior crescimento (+13,3%) e a América Latina a registar a maior queda (-12,8%). O mercado europeu ficou praticamente flat (+0,3%), fazendo pior que a Ásia-Pacífico (+1,1%) e o Médio Oriente (+3,4%). África, que vinha registando taxas elevadas de crescimento, desta feita cedei 0,1%.
Em Novembro, a oferta de capacidade global ficou 7,6% abaixo da do mês homólogo de 2019, do que resultou uma taxa de ocupação média de 55,9% (65,4% na Ásia-Pacífico, 44,4% na América do Norte, 63,1% na Europa).
No acumulado dos 11 meses de 2021, o mercado mundial de carga aérea cresceu 6,7%, ao passo que a capacidade de transporte caiu 11,5% daí resultando uma taxa de ocupação de 56,3%.
A América do Norte destaca-se pela positiva, nos volumes transportados, com um ganho de 19,5% face a 2019, muito à frente do Médio Oriente (+11%), África (10,5%) e Europa (+3,5%). A Ásia-Pacífico ainda está sob a linha de água (-0,1%) e a América Latina afunda 16,6%.