A carga aérea mundial deverá crescer a um ritmo anual de 5,9% durante os próximos 20 anos, prevê a Boeing.
Ainda este ano, o sector deverá regressar ao nível máximo de antes da crise, registado em 2007, depois de em 2008 e 2009 ter regredido cerca de 13%. Nos oito primeiros meses do ano, a carga aérea mundial terá avançado 24% em termos homólogos, estima o construtor norte-americano.
A partir daqui, e durante os próximos 20 anos, a indústria deverá crescer 5,9% em média a cada ano, alavancada por um crescimento médio da economia mundial na casa dos 3,2%, acrescenta.
A Ásia-Pacífico continuará sendo o motor do crescimento da actividade. De acordo com as previsões da Boeing, o tráfego intra-Ásia será o de maior crescimento (7,9%), sendo que só o tráfego doméstico da R.P. China deverá avançar 9,2%. Os fluxos América do Norte-Ásia crescerão 6,7% ao ano, seguidos dos da Europa-Ásia (6,6%).
Em contraste, os tráfegos intra-europeus apenas deverão crescer ao ritmo anual de 3,6%. Ainda assim, melhor do que o que se espera para a América do Norte (3% ao ano).
Traduzindo o crescimento da actividade em número de aviões cargueiros, a Boeing antevê que a frota mundial passará de 1 755 para 2 967 aeronaves. Para isso serão necessários quase 2 500 novos aviões, dos quais cerca de 1 300 se destinarão a substituir aparelhos actuais.
Mais de 70% das entregas serão de unidades de passageiros reconvertidas. Os 750 cargueiros construídos de raiz representarão um volume de negócios de cerca de 180 mil milhões de dólares (valores de 2009).
Haverá mais aviões e maiores aviões. A Boeing antecipa que a percentagem de aviões de grande porte (B747, B777, A380, MD11,…) subirá de 27% da frota, actualmente, para a casa dos 33%.