Pela primeira vez nos últimos 19 meses, o mercado mundial de carga aérea cresceu… 1,5%, mas cresceu, assinalou a IATA.
O resultado é de Agosto e compara com o mês homólogo de 2022, quando o mercado da carga aérea, medido em toneladas-km voadas, já estava em declínio. Ainda assim, a IATA fala numa boa notícia.
Apesar do aumento de 1,5% nos volumes, a taxa de ocupação dos aviões continuou a degradar-se, com um aumento de 12,2% da oferta de capacidade, alavancada essencialmente pelo espaço disponível nos porões dos aviões de passageiros, que subiu 30%. Em consequência, o load factor da indústria caiu para 42,2%.
A Ásia-Pacífico, o maior mercado regional do mundo, impôs o ritmo da recuperação dos volumes com um crescimento homólogo de 4,9%, explicado quer por algum crescimento dos fluxos com a Europa, quer pelo dinamismo das trocas intra-Ásia. A oferta de capacidade cresceu 28,5%.
A Europa, ao invés, continuou em perda, com um decréscimo de 0,2% nos volumes transportados (ainda assim, melhor do que o conseguido em Julho). A oferta de capacidade cresceu 3,6%.
Pior fez ainda a América do Norte, com um recuo homólogo de 1,2% na procura, enquanto a oferta avançou 2,7%.
Comentando os resultados de Agosto, Willie Walsh, director-geral da IATA, destacou o primeiro crescimento da actividade em 19 meses, mas lembrou que o termo de comparação é um 2022 em baixa, e que os sinais do mercado são mistos. Apesar disso, deixou um sinal de optimismo moderado para a tradicional época alta do final de ano.