Depois do ligeiro recuo em Fevereiro, o mercado mundial de carga aérea retomou o crescimento em Março, com a “ajuda” do anúncio das tarifas norte-americanas.
Em Março, a procura de carga aérea cresceu 4,4% em termos homólogos, de acordo com a IATA. A oferta de capacidade aumentou 4,3%, mantendo-se assim o load factor nos 47,5%.
A região da Ásia-Pacífico registou o maior crescimento (9,6%), seguida de perto pela América do Norte (+9,5%) e, mais atrás, pela Europa (+4,7%).
A rota Europa – Ásia somou o seu 25.º mês consecutivo de aumento de volumes (+8,3% em Março), enquanto o Europa – América do Norte cresceu pelo 14.º mês consecutivo (agora 8,5%). A procura no Ásia – América do Norte subiu 7,3%, sempre de acordo com a IATA.
Março é tradicionalmente um mês de crescimento do negócio da carga aérea, mas no caso presente o anúncio, por Donald Trump, de tarifas sobre as importações de quase todo o mundo, a partir de Abril, terá dado uma ajuda, com a antecipação de encomendas e envios.
A ajudar ao negócio esteve também a continuada baixa do preço do combustível (menos 17,3% em termos homólogos em Março). E com isto vão nove meses de baixa.
Com a recuperação de Março, o mercado mundial de carga aérea fechou o primeiro trimestre a crescer 2,4% do lado da procura, enquanto a oferta avançou 3,2%. O load factor fixou-se nos 45,6%.
Na Europa, o mercado cresceu apenas 1,7%, menos do que a oferta de capacidade (2,3%), mas ainda assim o load factor – 56,9% – foi o melhor de todos os mercados regionais. A Ásia-Pacífico liderou o crescimento, com uma subida homóloga de 7,2%, enquanto a América do Norte avançou 2,6%.