A carga aérea internacional cresceu 9,1% em volume em Janeiro, em termos homólogos, acentuando os avanços registados em Novembro e Dezembro. Só a Europa continua a destoar neste cenário.
Os resultados de Janeiro são considerados positivos pela IATA, que sublinha o facto de os volumes transportados estarem 39% acima do ponto mais baixo da actividade, registado em Maio de 2009, e superarem mesmo em 6% o pico verificado no início de 2008.
Mas a IATA alerta também para a circunstância de a actividade da carga aérea internacional acumular uma quebra de 2% relativamente ao pico atingido em Maio de 2010, no auge da “bolha” criada pela reposição de stocks.
Em Janeiro, a América do Norte foi a região que registou o maior crescimento homólogo, com uma subida de 14% em termos de FTK. E está agora 10% acima do melhor resultado de antes da crise. Seguiu-se o Médio Oriente, com um avanço homólogo de 13,8% e a América Latina, a crescer 12,7%.
Na Europa, a carga aérea internacional transportada cresceu apenas 8,6% em termos homólogos, em linha com a fraca conjuntura económica do Velho Continente. Resultado: os volumes mantêm-se 11% abaixo do pico anterior à última crise.
A Ásia/Pacífico, desta feita, registou a pior performance relativa, com um crescimento homólogo de 6,4%. As companhias africanas cresceram 7,9%.
Em termos gerais, a taxa de ocupação da capacidade de carga ficou no final de Janeiro nos 49,2%.
Para este ano a IATA previa, em Dezembro, lucros de 9,1 mil milhões de dólares para a indústria, uma margem líquida de 1,5% e receitas globais de 598 mil milhões de dólares. Isto assumindo um preço médio do crude nos 84 dólares/barril, um aumento da procura de 5,3%, a manutenção dos yelds na carga e a subida de 0,5% nas passagens.
A actualização das previsões será feita amanhã, sendo seguro que os números serão piores por causa da evolução da cotação do combustível.