Os volumes de carga aérea transportados em Junho recuaram 3% relativamente ao mesmo mês de 2010, divulgou hoje a IATA. Desde o início do ano, o saldo homólogo é ainda positivo mas apenas em 1,2%. Quase nada.
A verdade, salienta a IATA, é que desde que desde Julho-Agosto do ano passado que os volumes de carga aérea não crescem. O sector não tem conseguido capitalizar o desenvolvimento do comércio internacional e à medida que o ano avanço mais longe ficam os números conseguidos em Maio de 2010, no pico da recuperação pós-crise.
Em Junho, a carga aérea transportada recuou 1% relativamente a Maio, 3% comparativamente com Junho do ano passado e 6% contra Maio de 2010.
As companhias da Ásia-Pacífico, tradicionais motores da actividade, com uma quota de mercado mundial de mais de 40%, continuam a ser, desta feita, as principais responsáveis pela quebra dos mercados. Ainda por causa das consequências dos desastres no Japão. Mas também por força do abrandamento do crescimento da R.P. China.
Considerando apenas a carga internacional, a indústria recuou 3% em Junho, com a Ásia-Pacífico a cair 6,1%, a América do Norte a perder 2,9% e a Europa a ceder 1,2%. Em alta estiveram as companhias da América Latina (2,5%) e do Médio Oriente (3,7%).
No year-to-date, a carga aérea internacional avança ainda 1,7%, com os ganhos do Médio Oriente (9,8%), da América Latina (6,9%), da América do Norte (5,4%) e da Europa (5%) a compensarem as perdas de 2,5% da Ásia-Pacífico.
Note-se, todavia, que o aumento dos volumes transportados não está a ter correspondência nas taxas de ocupação. Pelo contrário, uma vez que a oferta de capacidade está a crescer muito acima, o “load factor” médio da indústria ficou-se em Junho pelos 45,7%.
A IATA prevê para este ano que as companhias aéreas lucrem 4 mil milhões de dólares, o que representará um quebra de 78% face aos 18 mil milhões registados em 2010.