Ao contrário do que se verifica com os passageiros, o movimento de mercadorias nos aeroportos nacionais deteriorou-se ao à medida que 2015 foi avançando. No terceiro trimestre, a quebra homóloga foi de 4,9%, segundo o INE.
Entre Julho e Setembro, a carga e correio processada nos aeroportos nacionais totalizou 35 422 toneladas. O INE contabilizou 16 689 toneladas desembarcadas (mais 3,9% em termos homólogos) e 18 733 toneladas embarcadas (menos 11,6%).
O INE não aponta justificações para os resultados mas também aqui o recuo acentuado das cargas embarcadas terá a ver com a quebra das exportações para Angola, sendo aquele PALOP um dos principais mercados de destino da carga aérea nacional e com um peso significativo.
O recuo de 4,9% no terceiro trimestre é, de longe, o pior resultado homólogo trimestral registado no ano passado. Entre Janeiro e Março, a carga aérea ainda cresceu 6,8%, mas entre Abril e Junho já cedeu 0,8%, segundo os dados hoje divulgados pelo INE.
A ANA divulgou há dias um resultado recorde no movimento de passageiros nos aeroportos nacionais em 2015. O TRANSPORTES & NEGÓCIOS solicitou à gestora aeroportuária dados sobre a actividade da carga mas não obteve ainda resposta.